É impressionante como 6 meses voam. Em nosso local de origem, não vemos o tempo
passar com tanta rapidez porque estamos envolvidos com tanta coisa, tantos
afazeres, tantas coisas, que nem vemos o tempo fluir como um rio diante de nós.
Imaginamos que as águas que estamos vendo são as mesmas águas, mas não são.
Amanhã, dia 11/01, estaremos voltando para casa. Estive aqui
junto com minha família durante estes meses por causa de uma outra família;
Rajesh, Bobby e Ritul. Partindo agora, vamos deixar saudades e levar saudades,
ao mesmo tempo que em nossa cidade vamos rever muita gente que deixamos pra
trás.
Mas é bom voltar pra casa. Mas foi bom também ver que neste
tempo aqui fomos útil para Deus. Pudemos ver 17 batismos. Ver como a Igreja foi
estruturada e fundamentada novamente nas verdades reveladas do Reino de Deus.
Os que vieram antes e trabalharam aqui fizeram um serviço de abrir clareiras
nesta mata da idolatria. Apenas continuei o que eles começaram. Mas vejo que há
muito o que fazer por esta Igreja aqui em Bhubaneswar. Neste estado, Orissa, é
proibido por lei fazer novos conversos. Aquém mudar de religião é
terminantemente proibido. Para fazermos
os batismos, teve que ser algo escondido. No rio, tivemos que ir a um local
distante, onde quase não havia pessoas. Os hinduístas se opõem fortemente ao
Cristianismo.
Nossas experiências no campo espiritual também foram muito
fortes. Sonhos estranhos, doenças inexplicáveis, fraquezas inesperadas,
perturbações de toda sorte, principalmente na época que a cidade comemorava
algum festival, que não são poucos. Quando veio o festival dos Hare Chrishnas,
percebemos uma mudança clara no clima espiritual na cidade. Ficou mais pesado,
mais obscuro. Parece que todos os demônios vieram para a festa.
Visitei alguns templos para conhecê-los, na qualidade de
turista mesmo, mas sempre que ia, no mesmo dia, sentia alguma dor, ou na perna,
ou no braço, nas costas. Parece que eles cobravam o seu preço. Dentro de dois
dias, com oração, passava. Quando ia pregar em alguma casa de Hinduísta era a
mesma coisa. Impressionante como a luta é real; você não vê, mas você sente.
Mas Deus está também trabalhando nesta nação. A idolatria
aqui é uma coisa absurda de escrachada. Coisas que você só vê em terreiros de
umbanda no Brasil, se você for ao terreiro, aqui você vê ao vivo e a cores, e a
todo momento. Se você for pregar em uma favela, cheio da unção de Deus em sua
vida, com certeza, pessoas vão cair endemoninhas perto de você. Penso que aqui a Igreja Universal do Reino de
Deus iria fazer a festa, pois tem demônio pra todo gosto. O sistema de castas
entre os demônios nessas bandas funciona perfeitamente. E Deus está rompendo
sua Luz no meio de toda esta treva.
Infelizmente, pude ver também que a Igreja Evangélica há
muito tempo perdeu o fervor. Não há proclamação individual nas ruas. Vi apenas
distribuição de folhetos no dia da Parada da Independência. Mas eles perderam o
fogo do Espírito na vida, se tornaram formais. É claro que não estou falando de
toda a Igreja Evangélica na índia, pois fiquei sabendo que no Sul do País a
Igreja é muito atuante e dinâmica. No sul, há estados que, perante o Governo,
querem se declarar Cristãos, pois mais de 60% da população já é Cristã. Mas
quando se ouve falar destes números, deve se colocar todos os grupos que se
declaram cristãos, católicos inclusive.
No mais, estamos voltando, e há muita coisa a ser feita em
minha cidade neste ano de 2014. Contamos com a graça de Deus para isso. Que o
Senhor nos dê forças para continuarmos atuando em sua obra.
Rivalver Lopes e Família