sábado, 24 de agosto de 2013

Viajar é preciso – proclamar também.

Vamos viajar de trem na Índia? Não existe experiência
mais impactante que esta.

Esta é a segunda vez que viajo para a Índia. Em 2010, entrei em um trem superlotado na cidade de Gaya, descendo em direção a Bhubaneswar. A parte do trem que compramos passagens foi a 2ª clase, relativamente confortável, com ar condicionado e colchões amplos para se dormir em paz. O horário do embarque foi às 03 hrs da manhã. Fui direto para a cama. Hélio, meu amigo de viagem, também deitou e continuou deitado pela manhã e pela tarde, até chegarmos em nosso destino final sem levantar da cama, pois estava com febre e indisposto a qualquer atividade que não fosse tomar água.
Sempre cabe mais um.

Eu passei a mão no computador quando acordei lá pelas 8 hrs, conectei na internet móvel e fui conversar com o mundo. Me interessava mais o que acontecia lá fora do que o que se passava dentro do trem. Até que uma pessoa, uma jovem indiana de uns 15 anos de idade me surpreendeu, puxando papo comigo. Ela se sentiu a vontade por ver que eu era estrangeiro, e por ver que seus pais não estavam muito distantes, apenas umas três camas mais a frente. Peguei o lap-top e fui para um lugar mais próximo onde os pais dela estavam, e puxei assunto com eles. A moça, assentada à minha frente, queria saber tudo sobre minha vida, e eu da dela. Nome: Shradda. Idade: 15 anos. Profissão: estudante. Irmãos: filha única. Fé: hinduísta. Pai trabalha para o governo. Mãe fica em casa. Estão vindo de onde: de Nova Delhi. O que faziam lá: turismo. Acabados o interrogatório da minha parte, começaram as perguntas dela, as quais respondi todas, apenas escondendo o fato de que era cristão.
Shradda é a de blusa rosa.

Quando o trem chegou na cidade, fomos recebidos pelos irmãos que nos esperavam. Me despedi da garota curiosa, dos seus pais, e tomei meu caminho. Para mim, aquele encontro não passava de mais um desses encontros casuais que a gente tem, este de fazer uma amizade passageira apenas enquanto durar a viagem. Mas no trem, enquanto estava conectado, a garota me passou seu e-mail, e lhe mandei uma mensagem. Depois que fui embora da Índia um mês depois, nos dois anos que se passaram, mantemos uma certa comunicação e amizade virtual.
Pois bem, eis que eu estou de volta à Índia, na mesma cidade que estive antes, e semana passada a família de Shradda esteve almoçando em nossa casa. Estreitamos um pouco os laços de amizade. Estivemos na casa deles almoçando também, e retribui a gentileza, os convidando uma semana depois. Desta vez, não escondi mais que éramos cristãos. Antes do almoço fiz uma oração de agradecimento, e depois cantamos algumas canções. Ela cantando canções em exaltação aos seus deuses, e eu cantando em exaltação ao meu Deus.
É interessante pensar sobre isso: penso que cada família deseja converter a outra àquilo que eles imaginam que seja verdadeiro. Na casa dele vi o lugar de adoração que tem, com 15 caricaturas de deuses, aos quais o homem ora todos os dias 5 minutos antes de ir trabalhar. Ele me falou os nomes de todos eles. Aqui em casa eu pude testemunhar um pouco e dizer que adorava um único Deus, o Criador dos céus e da terra.

Não sei o que poderia vir desta amizade. Encontrei esta família novamente e agora tenho oportunidade de compartilhar com eles sobre o Verdadeiro Deus. E espero que o Senhor me dê graça e oportunidade para fazer isso.

Um comentário:

  1. É impressionante o que Deus faz, quem diria que seria possivel encontrá-la novamente? Mas esse é Jesus, aleluia.

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